Penélope

Querido diário,

Hoje, a caminho do trabalho, encontrei uma cadela do meio da estrada, desorientada, perdida. Não sabia ir pelo passeio, alguns carros desviavam-se dela, outros desviava-se ela. Não consegui seguir, voltei e parei o carro perto. Penélope, dizia a sua chapinha com o nome e com o número atrás, cheia de medo. Uma pequena cadela gordinha, castanha clara. Fiquei quase no meio da estrada, numa rotunda, onde a consegui apanhar, agarrada a ela. Liguei para o número, que não atendeu. Continuava amedrontada, mas meiga. Estava molhada por baixo, consegui pegar ao colo sem querer sequer saber se me sujava para o trabalho. Felizmente é das minhas primeiras histórias felizes. Desta vez a senhora apareceu no carro já de lágrimas nos olhos, andava às voltas porque a Penélope tinha fugido pelo portão quando a senhora saiu de casa. Um final feliz de quem faz acontecer. Em tantos carros que passaram por ali, ninguém parou, ninguém quis ou quer ajudar. Isso deixa-me triste, ainda não demos o "grande passo". Mas vamos dar um dia! Porque acreditar é uma palavra que me assiste. Esta história, aqueceu-me o coração para o resto do dia e trabalhei, sem dúvida, bem melhor. O amor pelos animais é inexplicável. Nunca deixem passar um animal em branco, todos precisam de nós, porque salvar uma vida, é salvarmos a nossa humanidade.


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