Cartas #1

Meu querido,

Desculpa se te usei. Desculpa se despi os meus preconceitos. Se me entreguei. Em tão poucos dias, cheios de magias. Desculpa.
Os nossos passeios estrada fora sem destino. Os nossos risos do desatino. As noites no hotel à beira da estrada. As confissões à beira-mar. As nossas lágrimas a ver o sol raiar.
Desculpa, mas, sabes... há tantas formas de amor. E tantas formas de viver. De fazer acontecer. Não quero saber a correcta. Oxalá eu esteja certa! Importa que seja feliz.
Desculpa se o motivo do teu sorriso sou eu. Os nossos dias que não foram dias para todos os dias. Os dias do para sempre. Que me roubasse o coração eternamente.
Momentos que passam e são os tais. As aventuras de quem não te podia dar mais. Além de um copo de vinho, o desejo, um cigarro, os lençóis molhados. Os corpos suados.
Desculpa se o motivo das tuas lágrimas sou eu. Desculpa por partir, mas não vou fingir. E foi sem querer que te magoei. Mas, tu sabes, porque eu não fiquei.
Desculpa, sei que mereces mais. Sei que mereces que eu não te deixe para não doer tanto. Mas a minha liberdade e as minhas aventuras têm o seu encanto.
Desculpa se eu quero ser livre. Se quero conhecer o mundo. O mundo em mim. Mas, sabes, eu estou aqui. Estarei sempre para ti.
Estou aqui e vou-te deixando, para não doer tanto, tal como tu me pediste.


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